domingo, 18 de agosto de 2013

Marx

Sociologia: Karl Marx

Origem histórica do capitalismo:
Artesanato —— Manufatura —— Indústria:
Formação dos burgos.
Divisão social do trabalho.
Renascimento urbano e comercial.
Mudança do trabalho servil para o trabalho assalariado livre.
Surgimento de duas classes sociais fundamentais: burguesia e proletariado.
É a propriedade privada dos meios de produção que torna, essencialmente, o burguês diferente do proletário.

Ideia de alienação:
a) A indústria, a propriedade privada, e o assalariamento alienam (separam) o operário dos meios de produção do resultado final do trabalho.

b) Alienação política: a ideologia liberal impede que o operário perceba que é explorado.

Relação entre as classes sociais: burguesia (burgueses) e proletariado (proletários):

Complementaridade
Interdependência
Exploração
Antagonismo
Conflito
Desigualdade

Trabalho, valor e lucro: o capitalismo vê a força de trabalho como mercadoria. Mas não se trata de qualquer mercadoria, porque o homem é, a única que produz valor.

Valor de uso é diferente de valor de troca !!!

>Mais-valia: É o tempo em que o trabalhador produz e não recebe, porque é convertido em lucro para para o burguês.

• Materialismo dialético (desenvolvimento histórico).

• Materialismo histórico (a história da humanidade possui base material, logo Deus não existe) *a religião é o ópio do povo*

• Desenvolvimento da consciência humana/ produção da vida material

•Tese (capitalismo) -> Antítese (revolução) -> Síntese (socialismo)

• Mais valia : Tempo de trabalho exercido sem salário justo.
  · Absoluta : Mais tempo de trabalho sem aumento de salário.
  · Relativa : Tecnologia maximiza -> produção e lucro {também sem aumento de salário} 

• Lumpemproletariado : traidor da classe operária em favor da burguesia.

• Burguês ≠ Proletariado
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Propriedade privada dos meios de produção

• Estado : balcão de negócios da burguesia.

• Polícia : braço armado do Estado.

• Totalidade da vida social : 
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Superestrutura : (ideologia + política) -> consciência humana / Infraestrutura : produção da vida material (economia)

domingo, 11 de agosto de 2013

Cálculo da mais-valia


Atenção alunos do primeiro ano !!!

Material de apoio para compreensão do cálculo da mais-valia:

A força de trabalho, produzindo um valor maior do que vale, isto é, uma mais-valia, gerou o capital, aumentando ainda mais esta mais-valia através do prolongamento da jornada de trabalho, conseguiu o tal alimento suficiente para a sua primeira idade. 
O capital vai crescendo e a mais-valia precisa ir aumentando para satisfazer essa crescente necessidade. Mas o aumento de mais-valia, comi vimos até agora, não quer dizer outra coisa que prolongamento da jornada de trabalho (absoluta). É claro que essa jornada tem o seu limite natural, que por mais elástica que seja a sua duração. Por mais reduzido o tempo que o capitalista deixa ao trabalhador para que ele satisfaça as suas mais prementes necessidades, a jornada de trabalho será sempre menor do que 24 horas. Portanto, a jornada de trabalho tem um limite natural, e a mais-valia, por conseguinte, encontra um obstáculo instransponível. Indiquemos a jornada de trabalho com sua a linha AD: 
A — B — C — D 
A letra A nos indica o principio, e a D o fim, o limite natural que não se pode ultrapassar. Seja AC a parte da jornada na qual o operário produz o valor do salário recebido e CD a parte da jornada em que o operário produz mais-valia. Como vimos o nosso fiandeiro  recebendo R$ 100,00 de salário, com uma metade de sua jornada reproduzindo o valor de seu salário e com a outra metade produzia R$ 100,00 de mais-valia.  
O trabalho AC, com o qual se produz o valor do salário, chama-s trabalho necessário, enquanto o trabalho CD, que produz a mais-valia chama-se trabalho excedente ou sobre-trabalho. O capitalista esta interessado no sobre-trabalho, porque é ele quem cria a mais-valia. O sobre-trabalho prolonga a jornada de trabalho, o qual encontra seu limite natural D, representando um obstáculo instransponível para o sobre-trabalho e para a mais-valia. E agora, o que fazer? O capitalista encontra logo o remédio. Ele observa que o sobre-trabalho tem dois limites, um D quando termina o fim da jornada; o outro C – quando acaba o tempo de trabalho necessário. O limite D é irremovível; o capitalista não pode criar um dia com mais de 24 horas. Mas o mesmo não acontece com o limite C. Diminuindo o tempo de trabalho necessário C, recuando-o até o ponto B, o sobre-trabalho CD aumenta sua extensão. A mais-valia encontra, assim, uma forma de continuar crescendo; agora, não mais de modo absoluto, isto é, simplesmente prolongando a jornada de trabalho. A partir desse momento, a mais-valia cresce em relação ao aumento do sobre-trabalho e corresponde a diminuição do trabalho necessário. No primeiro tipo de exploração, que chamamos de mais-valia absoluta, o patrão esticava a jornada de trabalho de 10 para 12 horas; no segundo tipo de exploração, que chamamos de mais-valia relativa, o capitalista embolsa,diminuindo o tempo de trabalho necessário. 
O fundamento da mais-valia relativa é a diminuição do trabalho necessário. Esta diminuição se fundamenta na diminuição do salário. E a diminuição do salário se fundamenta na diminuição dos produtos necessários ao trabalhador; portanto a mais-valia relativa é fundamentada no barateamento das mercadorias que servem o operário. 
Alguém está se perguntando agora, se não haveria um jeito mais simples para o capitalista arrancar a mais-valia relativa, se ele, por exemplo, ao comprar a mercadoria do trabalhador, ou seja, a sua força de trabalho, lhe pagasse um salário menor do que lhe cabe; isto é, não lhe pagasse o justo preço de sua mercadoria. 
De fato, este expediente é muito usado. Mas aqui, só vamos considerar a lei das trocas em toda a sua pureza: todas as mercadorias – incluindo a força de trabalho – devem ser vendidas ser compradas pelo justo valor. E, além disso, o nosso capitalista é um burguês absolutamente honesto, jamais usará de qualquer meio para fazer crescer seu capital que não seja inteiramente digno dele. 
Suponhamos que em uma jornada de trabalho de 12 horas um operário produza 6 unidades de uma mercadoria. O capitalista vende essas 6 unidades pelo preço de R$ 75,00. No valor desta mercadoria entram: 
Matéria-prima e meios de produção ---------------------------------------------------------------------------------------- R$ 15,00
Salário --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- R$ 30,00
Mais-valia ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- R$ 30,00
Total ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ R$ 75,00 
Em cada mercadoria ele ganha R$ 5,00 de mais-valia (R$ 30,00 / 6 unidades) e gasta R$ 7,50 (R$ 45,00 / 6 unidades) para produzi – lá.  
Ele vende cada unidade ao valor de R$ 12,50 (R$ 75,00 / 6 unidades). 
Agora, suponhamos que, graças a um novo sistema de trabalho ou simplesmente com o aperfeiçoamento do antigo, a produção duplique: em vez de 6 unidades por dia, o capitalista produza 12 unidades. Vejamos como ficam as contas: 
Matéria-prima e meios de produção (dobro) ----------------------------------------------------------------------------- R$ 30,00
Salário --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- R$ 30,00
Mais-valia ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- R$ 30,00
Total ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ R$ 90,00 
Ele vende cada unidade ao valor de R$ 7,50 (R$ 90,00 / 12 unidades). 
No mercado de hoje, portanto, o capitalista precisa de um espaço maior para vender o dobro de suas mercadorias, o que ele consegue vendendo-as um pouco mais barato (de R$ 12,50 para R$ 7,50). Em outras palavras o capitalista tem a necessidade de encontrar uma razão pela quais suas mercadorias possam ser vendidas, em quantidade duas vezes maior do que antes; e a razão ele encontra, lógico, na baixa de preço. 
Ele venderá os seus artigos a um preço menor que R$ 12, 50, que era o seu preço anterior, mas mais caro do que R$ 7,50 que é o valor de hoje de cada um. 
Digamos que o venda a R$ 10,00 e já terá assegurado o dobro R$ 60,00 – foi o quanto lucrou com a venda de seus produtos – dos quais R$ 30,00 são a mais-valia e os outros R$ 30,00 ele conseguiu da diferença entre o valor real e o preço pelo qual foram vendidos. 
Como vêem o capitalista não dorme no ponto, tirando grande proveito do aumento da produção. Todos os capitalista, são altamente interessados em aumentar a produção de suas indústrias, como acontece hoje em dia em quase todos os ramos da produção. Mas aquele lucro extra que ele retirava da diferença entre o valor da mercadoria e os eu preço de venda dura pouco; o novo ou o aperfeiçoado sistema de produção passa a ser adotado, pelos outros capitalistas. Resultado: o valor da mercadoria cai para a metade. Antes, cada artigo valia R$ 12,50 e agora vale R$ 6,25. Mas o capitalista continua tendo o mesmo lucro, apenas dobrando a produção. Antes, R$ 30,00 de mais-valia em 6 unidades; hoje a mesma mais-valia, R$ 30,00, entretanto em 12 unidades.Mas como os 12 artigos foram produzidos no mesmo tempo em que eram produzidos os 6 artigos, isto é, em 12 horas de trabalho, tem-se sempre os R$ 30,00 de mais-valia em uma jornada de 12 horas, mas o dobro da produção. 
Quando esse aumento da produção atinge os produtos necessários ao trabalhador e sua família, cai o preço da força de trabalho e com isso diminui também o tempo de trabalho necessário, aumentando o sobre-trabalho, que constituí a mais-valia relativa. 

sábado, 10 de agosto de 2013

Metafísica na modernidade

FILOSOFIA - 1º ano 
Metafísica na modernidade
Contexto histórico: Renascimento.
Mudanças:
→ Paradigma de racionalidade que funda-se na própria subjetividade e não mais na autoridade, como era na Idade Média.
→ Confiança no poder da razão: método.
→ Autores importantes: Descartes, Bacon, Locke, Galileu, Kepler e Newton.
→ A questão do método: ruptura com o modelo de compreensão dos períodos antigo e medieval.
* Até a Idade Média, a teoria do conhecimento encontrava-se assentada sobre as construções teóricas de Platão e Aristóteles.
→ Pensamento antigo e medieval: a realidade do objeto e a capacidade humana de conhecer não eram questionadas. O problema era saber se as coisas eram.
→ Idade Moderna: a capacidade humana de conhecer as coisas foi questionada. O problema passou a ser a questão de adequação entre pensamento e objeto.
→ Soluções apresentadas: duas correntes filosóficas.
a) Racionalismo: ênfase no papel da razão no processo de construção do conhecimento.
Principais autores: Descartes, Espinosa e Leibniz.
b) Empirismo: ênfase no papel da experiência sensível no processo de construção do conhecimento.

Principais autores: Bacon, Hume e Locke.
Racionalismo cartesiano: a dúvida metódica.

Descartes:

Inaugurou o caminho para a discussão sobre ciência e ética.
O homem é capaz de construir seu próprio conhecimento.
Sugere a criação de um método tão seguro que seja capaz de conduzir o homem a uma verdade inquestionável.
Importância da matemática: é um conhecimento dominado pela inteligência e não pelos sentidos, assentado sobre a ordem e a medida. É possível ao matemático estabelecer uma sucessão de razões, para deduzir de uma coisa à outra.
Regras estabelecidas pelo autor:
1. Evidência: seleção de uma ideia clara e distinta.
2. Análise: divisão do todo em partes.
3. Ordem: organização dos pensamentos dos mais fáceis e simples para os mais difíceis e complexos.
4. Enumeração: revisão para ver se faltou alguma coisa.
Dúvidas do autor:
a. Os sentidos.
b. Afirmações do senso comum.
c. Argumentos da autoridade.
Cogito, ergo sum (Penso, logo existo): a existência é determinada pela capacidade humana de pensar, porque o "eu" é simplesmente pensamento.
Descartes investiga se haveria no ser humano outras ideias que também fossem claras e distintas. Verifica então três tipos de ideias:
a. Inatas: fazem parte na natureza humana, nascem com o homem.
b. Adventícias: fazem parte da realidade exterior da natureza humana.
c. Factícias: fazem parte da criação da imaginação humana.
Importante: o cogito encontra-se na natureza humana, é inato.
Fonte: FILOSOFANDO
 INTRODUÇÃO À FILOSOFIA
EDITORA MODERNA
MARIA LUCIA DE ARRUDA ARANHA
 Professora da Escola Nossa Senhora das Graças (São Paulo)
 MARIA HELENA PIRES MARTINS
 Professora da Escola de Comunicação e Artes da USP.

Liberalismo e democracia

Filosofia - 2º ano

Liberalismo e democracia - capítulo 25

Século XIX : lutas por direitos políticos e sociais.

Importante lembrar:
Direitos civis, políticos e sociais fazem parte de um conjunto de lutas por igualdade, trata-se da ideia de cidadania.

Conjunto de reivindicações de igualdade:

1) defesa do sufrágio universal
2) ampliação as formas de representar a política
3) exigência de liberdade de imprensa
4) Implantação da escola elementar universal, laica, gratuita e obrigatória.


* Pólos contradição: liberdade (capitalismo) e igualdade (socialismo).
* A cidadania corresponde ao conjunto de lutas por igualdade.

Conflito que deu origem a duas tendências liberais:

1) liberalismo conservador = liberdade sem democracia (sem aspirações igualitárias)

2) liberalismo radical = liberdade com igualdade

Liberalismo inglês

Século XIX: apogeu da Revolução Industrial, criou uma nova ordem, com novos parâmetros econômicos e sociais.

Autores:

Jeremy Bentham: contribuiu para o pensamento liberal inglês com a criação do utilitarismo (a verdade depende dos resultados práticos da ação, uma proposição é verdadeira quando funciona , quando permite que nos orientemos na realidade, levando-nos de uma experiência à outra).
 
Substituição do direito natural (filósofos contratualistas) pelo "princípio da utilidade". Nesse sentido o único critério para orientar o legislador é criar leis que promovam a felicidade para o maior número de cidadãos.


O autor critica as revoluções liberais que levam ao egoísmo.

Objetivos do governo:

1. Prover a subsistência.
2. Produzir a abundância.
3. Favorecer a igualdade.
4. Manter a segurança.


Para que isso seja possível são necessárias:

1. Eleições periódicas.
2. Sufrágio livre e universal.
3. Liberdade de contrato.

Stuart Mill: liberalismo democrático (foi influenciado por teorias diversas, desde o positivismo de Comte até o socialismo de Saint-Simon). Sua esposa Harriet Taylor, feminista e socialista, participou da fundação da primeira sociedade defensora do direito ao voto para as mulheres.