quinta-feira, 21 de março de 2013

Estado e sociedade para os clássicos da Sociologia


O papel do Estado para os clássicos da Sociologia – 1º ano – Professora Keila Freitas.
Durkheim
Marx
Weber

Noção de Estado: instituição acima das organizações comunitárias.

Noção de Estado: resultado da divisão da sociedade em classes corresponde a uma comunidade ilusória que tenta conciliar os interesses das classes sociais.
Noção de Estado: sistema político burocrático baseado no poder, que faz uso de um conjunto de regras e controle racional de suas ações e de seus governados. O Estado é a única fonte do direito de uso da força.
Funções do Estado: promover a coesão social, moralizar os indivíduos e libertar os indivíduos das amarras do controle rígido de grupos como a família e a Igreja.
Funções do Estado: mediar os conflitos de interesse entre as classes sociais e garantir as condições gerais para a produção capitalista (proteger o direito a propriedade privada).
Funções do Estado: organizar o poder na sociedade com uma distribuição relativa da força.
Relação Estado/sociedade: O Estado não é antagônico ao indivíduo, pois o emancipa bem como expressa os interesses coletivos.
Relação Estado/sociedade: contraditória porque acaba por representando a classe dominante e suas demandas.
Relação Estado/sociedade: os dominados devem obedecer o Estado pois este detém o poder através dos tipos de dominação como a tradicional, a carismática e a legal.
Perspectiva: Funcionalista, proposta de reprodução da ordem, de análise macro.
Perspectiva: Materialismo histórico pretende a explicação da história das sociedades humanas, em todas as épocas, através dos fatos materiais, essencialmente econômicos e técnicos.
Perspectiva: Sociologia Compreensiva partindo da análise das ações dos indivíduos. O que importa é o indivíduo como um todo, ele é a unidade básica de análise sociológica. Análise micro.
Problemas:
  1. Inexiste a possibilidade de mudança orientada por conflitos de resistência à ordem.
  2. Estão ausentes grandes transformações na sociedade.

Problema:

a.      Ao afirmar a necessidade de queda do Estado, Marx apresenta uma alternativa considerada por muitos como utópica: trabalhadores no poder e a implantação do Socialismo
Problemas:
a.       O pesquisador está completamente dentro da ação a fim de compreender os agentes, suas motivações e sentidos das ações a partir dos indivíduos implicados.

Obs.: Tanto Marx quanto Weber entendiam que o Estado foi uma instituição fundamental para o desenvolvimento do sistema capitalista. O primeiro acreditava que a postura do Estado ao garantir a propriedade privada estimulava o aumento da produção, favorecendo a classe burguesa e o segundo além desta compreensão, credita à burocracia (a racionalidade, definição do cargo e na operação, rapidez nas tomadas de decisões, informação discreta e direta, padrão de rotinas que diminuísse custos e erros, projeto de recrutamento de pessoal segundo suas habilidades técnicas, redução de atritos entre funcionários de uma organização e por fim a confiabilidade) um mecanismo de eficiência para modo capitalista de produção. 

Indivíduo e sociedade para os clássicos da Sociologia


Material produzido pela professora Keila Freitas.

Durkheim
Marx
Weber
Coletivo acima dos indivíduos
Classes sociais condicionando a vida dos indivíduos.
As ações dos indivíduos, reciprocamente, organizam a vida social.
Objetividade.
História das sociedades (em especial as capitalistas).
Subjetividade.
Ponto de partida: as propriedades da sociedade.
Ponto de Partida: a formação das classes sociais e a luta entre elas.
Ponto de partida: as ações humanas.
“Social” como entidade específica (autônoma)
“Social” como resultado da luta de classes.
    “Social” como resultado
        das ações humanas.
Busca: Objetividade do social.
Busca: como os homens constroem sua história.
Busca: Subjetividade 
implicada no social.
Consciência Coletiva: exerce força coercitiva sobre os indivíduos garantindo a coesão social.
Conflito entre as classes que compõem a sociedade
Consciência individual:
motiva as ações dos indivíduos.
Indivíduo: produto das estruturas sociais.
Indivíduo: age dentro de suas condições de existência.
Indivíduo: age nas estruturas.
Perspectiva: Funcionalista com uma proposta de reprodução da ordem, de análise macro.
Perspectiva: Materialismo histórico pretende a explicação da história das sociedades humanas, em todas as épocas, através dos fatos materiais, essencialmente econômicos e técnicos.
Perspectiva: Sociologia Compreensiva - interação/ação (dentro da estrutura). O que importa é o indivíduo como um todo, ele é a unidade básica de análise sociológica. Análise micro.
Problemas:
  1. Inexiste a possibilidade de mudança orientada por conflitos de resistência à ordem.
  2. Estão ausentes grandes transformações na sociedade.
  3. O pesquisador está fora do objeto de análise.
Problema:
a.      A utopia de sociedade através de sua noção de Socialismo como reação às desigualdades estruturantes do sistema capitalista e fundação de uma nova sociedade, sem tais desigualdades.
Problemas:
  1. O pesquisador está completamente dentro da ação a fim de compreender os agentes, suas motivações e sentidos das ações a partir dos indivíduos implicados.








Stuart Hall


STUART HALL: IDENTIDADE CULTURAL NA PÓS-MODERNIDADE

 Identidade em questão: Relação entre identidade e mundo social: crise de identidade?

→ Identidade cultural na modernidade tardia.
→ Identidades modernas: deslocadas ou fragmentadas.
→ Perda de sentido em si (estável): deslocamento ou descentração do sujeito (crise de identidade).
→ Pós-modernidade: Referência a qualquer concepção fixa ou essencialista de identidade.

Três concepções de identidade:

a.      Sujeito do Iluminismo: O centro essencial do “eu” era a identidade de uma pessoa. E este era masculino.

b.      Sujeito sociológico: Reflexo da crescente complexidade do mundo moderno. A formação do “eu” concretiza-se a partir das relações estabelecidas com outras pessoas, por meio da cultura. Os autores interacionistas simbólicos deram importante contribuição ao processo de elaboração da concepção interativa da identidade.

→ A identidade, de acordo com a abordagem sociológica, preenche o espaço ente os mundos pessoal e público. A identidade promove a criação do elo entre sujeito e estrutura, nesse sentido, os estabiliza e unifica, tornando-os predizíveis.

c.      Sujeito pós-moderno:  Construção e reconstrução permanente do “eu”.

O caráter da mudança na modernidade tardia: Impacto da globalização sobre a identidade cultural.

→ Marx: “Tudo o que é sólido se desmancha no ar”.

→ Giddens: “A tradição é um meio de lidar com o tempo e o espaço, inserindo qualquer atividade ou experiência particular na continuidade do passado, presente ou futuro, os quais, por sua vez, são estruturados por práticas sociais recorrentes... Na modernidade as práticas sociais são constantemente examinadas e reformadas à luz das informações recebidas sobre aquelas próprias práticas, alterando, assim, constitutivamente seu caráter.” (Giddens, 1990, pp. 37-8).

→ David Harvey: Processo infinito de rupturas e fragmentações internas.

 → Ernest Laclau: Desenvolve o conceito de deslocamento. O centro da estrutura é deslocado, substituído por uma pluralidade de centros de poder. Nesse sentido não há uma única causa ou lei que organize as sociedades modernas. A sociedade não é organizada a partir de mudanças evolucionárias intrínsecas, mas alterada por forças exteriores.

O que está em jogo na questão das identidades?

Consequências políticas da fragmentação ou pluralização de identidades:

→ As identidades podem ser contraditórias.
→ As contradições presentes nas identidades atuam na esfera social e individual.
→ Nenhuma identidade singular pode alinhar todas as diferentes identidades como uma identidade “mestra”, única, abrangente.

No plano de representação de interesses individuais e coletivos não há dispositivo discursivo ou uma categoria mobilizadora, por isso se verifica a mudança de uma política de identidade (classe) para uma política de diferença.