sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Mercado da saúde mental

Entrevista do filósofo Luis Felipe Pondé para o canal Linhas Cruzadas. Disponível no YouTube.

Patologia ou normalidade?

Conceito de sanidade mental: possui caráter histórico, porque muda conforme a época.

Transformação de comportamentos psicológicos do âmbito da psicopatologia em transtornos ou diversidade psíquica. Ex.: Autismo.

Entendimento da doença mental: tendência à relativização ao mesmo tempo em que ocorre um notável crescimento de diagnósticos.

Debate acerca das fronteiras: o melhor exemplo é a experiência religiosa, que pode ser entendida como experiência fora da normalidade, passível de diagnóstico.

Saúde mental é a grande fronteira do mercado no século XXI.

Exemplo de marco histórico: racionalidade burguesa que propõe retirar de circulação quem não se comporta de acordo com os valores burgueses.

Há momentos em que se alguém falar em patologia mental será visto como preconceituoso.

Relação entre o aumento dos diagnósticos e o mercado de saúde mental: conforme são formados profissionais, estabelecidos procedimentos técnicos para os diagnósticos, são produzidos certos protocolos de tratamento... Isso tudo já é o mercado. Mas não significa que o trabalho não é sério, mas que houve um aumento do ferramental que impacta a própria percepção do fenômeno. Esse aumento significa clínicas, profissionais, cursos de formação... E assim começa a se concretizar um processo de comoditização da saúde mental, que se transforma em um nicho de produção de riqueza, produção de riqueza, produção de demanda e amplia a própria percepção de realidade. Ex.: Antes de podia ter uma criança "pestinha" na escola, agora tem o diagnóstico...

O diagnóstico é um alívio para os pais no sentido de saberem o que filho tem, qual é a medicação, profissional...

Os pais têm ficado rendidos em relação à saúde mental dos filhos.

No ambiente escolar e social o suicídio se apresenta como tema delicado porque ninguém quer ter a imagem comprometida com uma alta taxa de suicídio.

As redes sociais alimentam o sofrimento psicológico das pessoas, principalmente os jovens.

A vulnerabilidade e a incapacidade de lidar com qualquer coisa relacionada à autoestima e ao bem-estar fazem com que as pessoas busquem tais garantias em agentes externos.

Cientistas como psicólogos, por exemplo, sugerem que os pais não sabem como educar os filhos e oferecem esse tipo de serviço.

Transferência da culpa do ambiente familiar e social para a genética. Isso não tem como garantir que é verdade.





terça-feira, 18 de janeiro de 2022

Para onde vai o lixo que produzimos?

 

Para onde vai o lixo que produzimos? 


Autores: David Amaral e Elaina Sieiro.

   Essa reportagem foi realizada a partir de entrevistas. As perguntas foram criadas tendo como foco a reflexão crítica  sobre o meio ambiente,  principalmente os rios, mares, lagos e oceanos. Foram entrevistadas cinco pessoas maiores de dezoito anos.

   As perguntas foram elaboradas com o objetivo de identificar se as pessoas têm  conhecimento sobre o destino do lixo que produzem. Entre os entrevistados ninguém sabia que o lixo produz uma imensa poluição nos oceanos e , desse modo, prejudicando a vida marinha.
  
   No oceano Pacífico, por exemplo,  tem tantos plásticos descartados como  lixo, que já correspondem a dezesseis vezes o território de Portugal. E se os seres humanos  não mudarem seus hábitos de consumo em 2050 haverá mais plásticos do que peixes nos oceanos . Essas informações são públicas  e se encontram no canal "Menos um lixo " no YouTube.  As pessoas entrevistadas não conheciam os cinco erres da sustentabilidade: repensar, reduzir, recusar, reutilizar e reciclar.


    De acordo com as respostas do entrevistados foi possível concluir que é fundamental que a espécie humana crie meios para que o meio ambiente não continue sendo prejudicado pelo descarte inadequado  de lixo.

 

 

quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Paulo Baía, sobre Lya Luft.

Lya Luft faleceu.
Estou triste.
Minha homenagem é reproduzir um texto que postei em passado recente.
Sou grato ao que aprendi com Lya Luft .

Lya Luft e o voto bolsonarista.

O voto é uma relação de "Troca Assimétrica", movida por afetos e cognição, no estrito sentido do significado das palavras afeto e cognição.
Afeto como a disposição de alguém por alguma coisa, seja positiva ou negativa, e  cognição como a capacidade de processar informações e transformá-las em conhecimento, com base em um conjunto de habilidades como a percepção, a atenção, a associação, a imaginação, o juízo, o raciocínio e a memória.
O voto tem uma racionalidade na escolha, o eleitor faz um balanço de perdas e ganhos, uma avaliação de benefícios e custos de sua ação eleitoral.
A escolha nessa "Troca Assimétrica" sempre é mais vantajosa para o candidato do que para o eleitor.
O eleitor, por seus afetos e cognição, centra sua escolha na sua própria história de vida e de sua malha de sociabilidade.
Mesmos os votos mais altruístas, movidos por "Causas", são enredados em um convívio de afetos e cognições do "mundo visível e experimentado" pelo eleitor.
O candidato fala e se expõe sempre de maneira "segmentada" ou "individualizada" para captar a decisão do eleitor.
O candidato faz um processo de "sedução" do eleitor, fazendo com que o eleitor troque seu voto ou por adesão ao candidato ou por repúdio aos demais candidatos, sem que necessariamente haja adesão ao candidato escolhido.
A racionalidade da escolha eleitoral é sazonal, raramente estruturada e atemporal.
O momento do voto, seu tempo e espaço, são os vetores de motivação afetiva e cognitiva  para uma escolha assimétrica, que sempre traz consequências positivas ou negativas para o autor da escolha.
Assim foi com Lya Luft, que não é uma ressentida, desencantada, desalentada.
É uma mulher forte, sabe o que quer e é determinada.
Vanguardista em sua geração, mulher libertária no campo profissional e existencial.
Extremamente culta e com elevado nível de escolarização, já possuia um mestrado em linguística em 1975 e outro em literatura brasileira em 1978, época em que muito poucos tinham o título de mestre no Brasil.
Leitora de Friedrich Schiller, poeta, filósofo, médico e historiador alemão.
Leitora de Johann Wolfgang von Goethe, Santo Tomás de Aquino e Jean Paul Sartre.
Professora notável na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, foi inovadora e pioneira dos primeiros cursos de pós-graduação no país.
Tradutora ousada, colocou em língua portuguesa Virgínia Woolf, Thomas Mann, Herman Hesse e muitos outros.
Como escritora tem destaque com "As coisas humanas", " Pensar é transgredir" e "Quarto fechado", que são mergulhos na alma humana.
Foi uma combatente contra a ditadura vinculada ao grupo de intelectuais/psicanalistas de Hélio Pelegrino, denunciando torturadores da área médica, psiquiatra e psicanalista que atuaram na ditadura brasileira a partir de 1964.
No Rio de Janeiro, participou das primeiras e históricas campanhas eleitorais do PT para o governo do estado com Lysâneas Maciel para governador e Vladimir Palmeira para o senado  em 1982. 
Em 1985 fez a campanha do desconhecido Wilson Farias do PT, tendo como vice a socióloga Miriam Limoeiro Cardoso, para a prefeitura do Rio de Janeiro, mesmo sendo amiga de Saturnino Braga do PDT e Marcelo Cerqueira do PSB, também candidatos.
O voto de Lya Luft, mesmo como escolha individual, tem significado público, é simbólico em termos políticos e sociológicos.
Representa a ambiência de afetos e cognição de um momento temporal de 57 milhões de brasileiros.
Não sabia que Lya Luft tinha votado em Jair Bolsonaro; se alguém me contasse, eu não acreditaria.
Soube com a entrevista da própria declarando seu arrependimento.
Por que votou? De acordo com seu relato, fez uma escolha assimétrica movida pela rejeição aos demais candidatos, em função de suas experiências de vida em relação aos competidores.
Escolheu não ganhar muito ou quase nada a ter que perder, na sua avaliação afetiva e cognitiva, com a vitória dos demais candidatos.
Com a escolha de Jair Bolsonaro, Lya Luft materializou seus afetos e cognições no segundo semestre de 2018.
O arrependimento público em junho de 2020 mostra outro momento de afetos e cognição. Lya Luft percebeu, por sua vivência no cotidiano do governo Jair Bolsonaro desde janeiro de 2019, que sua escolha eleitoral lhe trouxe perdas, perdas grandes e significativas, em vez de ganhos pequenos ou não ganhos.
O voto de Lya Luft torna-se um "Voto Desvio Padrão" para se compreender a vitória eleitoral de Jair Bolsonaro.
Como "Troca Assimétrica" , como uma racionalidade eleitoral  em que todos ganham - os eleitores pouco e menos  que o candidato - a votação de 57 milhões de votantes bolsonaristas está revelando que a "Assimetria" foi muito maior.  O eleitor está descobrindo que, não só não ganhou nada com a rejeição aos demais candidatos, como efetivamente está perdendo com sua escolha em 2018.
O "Voto Lya Luft" foi um padrão, que pode explicar a escolha de Jair Bolsonaro pela rejeição, como um decisão de racionalidade política da maioria dos votantes em Bolsonaro. Essa mesma racionalidade está a promover "Arrependimentos", pois a lógica da "Troca Assimétrica" foi rompida com as perdas e com um "custo" que é imensamente alto e sem benefícios.
O "Arrependimento Público de Lya Luft" pode vir a se tornar um fenômeno coletivo para a maior parte dos 57 milhões de eleitores. 
Creio que o voto "Lya Luft" explica, como padrão, a enorme escolha por Jair Bolsonaro nas regiões Sul e Sudeste do país.
O "Arrependimento" é um mecanismo psíquico, social e político que vem com a admissão pelo indivíduo de uma nova realidade em sua vida.
É um desprendimento com as amarras de um passado próximo ou distante, um ato de libertação, de arrojo pessoal ou coletivo.
O arrependimento de Lya Luft, para mim é muito bem-vindo, e basta para tê-la como aliada na luta contra o neofascismo do governo Bolsonaro.
Nessa questão eu estou sintonizado com Renato Janine Ribeiro , Sergio Abranches , Jose Alvaro Moises , Marcos Nobre  , Jairo Nicolau e  Bolívar Lamounier .
O "Voto Lya Luft" descortinou uma linha nova para entender o voto bolsonarista em 2018.
Não foi um voto de *"toscos"* e "imbecilizados", foi uma escolha feita preferencialmente pela "não escolha" aos demais candidatos.
Uma tomada de decisão dramática, contraditória, com subjetividades afetivas e cognitivas complexas, com dúvidas e incertezas no  voto. Sem estigmatizar eleitores de Jair Bolsonaro , sem "a prioris" morais condenatórios, com técnicas sociológicas e políticas, podemos decifrar o voto de Lya Luft e compreender pelo menos 30 milhões dos 57 milhões de votos em Jair Bolsonaro, nas principais cidades das regiões Sul e Sudeste do Brasil.
Nas demais regiões e na maioria das cidades do interior de São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul temos outras variáveis de entendimento em que a "Idéia Projétil"  de Jair Bolsonaro é protagonista das escolhas. Nessas os eleitores estão tendo "ganhos" com o voto em Jair Bolsonaro.

Paulo Baía.
Sociólogo e cientista político.
25/06/2020

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Organização social e política brasileira (OSPB) - Resumo

O Brasil é uma República (forma de governo, assim como a monarquia) Federativa, o que significa que há autonomia entre os Municípios, Estados e União (Poder exercido pelo Governo Federal). No Brasil essa autonomia é menor, nos EUA é maior.

Para o cientista político Paulo Bonavides entre os autores estrangeiros existe confusão sobre o modo como se deve usar as expressões "forma de governo" e "forma de Estado". Na Alemanha se utiliza a expressão "forma de Estado" para definir  que na França se define como "forma de governo".

Segundo Maquiavel, existem duas formas de governo: monarquia e república. Na primeira o poder é singular e na segunda pode ser aristocrático ou democrático. 

Forma de Estado: unitarismo/simples ou federativo. 

Regime político: autoritário, totalitário ou democrático.

> Sistema de governo: é a forma como o poder político de um país é dividido e exercido.

Ex: Funções e relações entre os três poderes no Brasil, presidencialismo, parlamentarismo.

Presidencialismo só funciona em repúblicas. E parlamentarismo funciona em repúblicas ou monarquias. 

> Formas de governo segundo José Afonso da Silva é o modo como se organizam as instituições sociais oficiais de poder em relação aos cidadãos e demais instituições sociais. Trata-se da fonte de poder dos governantes.

Ex: Monarquia ou república.

>Monarquia: forma de governo onde o poder é "hereditário" e "irrevogável".

>Monarquia absoluta: Quando o monarca exerce o poder sem questionamentos. Nesse caso o rei está acima do Estado.

>Monarquia constitucional: Passagem da monarquia absoluta, de origem feudal, para a monarquia em acordo com a ideologia burguesa, quando surge a separação de poderes (legislativo, executivo e judiciário). Nesse sentido há parceria entre o rei e o parlamento (três poderes).

Na monarquia parlamentar o rei certifica e ratifica as decisões dos parlamentares, que são eleitos pelos cidadãos. Assim o monarca é chefe de Estado e o Primeiro Ministro é o chefe de governo.

República:

República significa “coisa pública”, onde a preocupação do governo deve ser bem comum.

República é diferente da democracia em virtude da soberania popular. Desse modo a república pode ser uma ditadura, por exemplo. 

Atribuições dos três poderes:

* Poder Executivo:

> Responsabilidades administrativas.

> Gestão de recursos.

> Regulação do mercado.

> Criação de estruturas para o desenvolvimento do país. 

> Fazem parte do poder executivo: presidente, governadores, prefeitos, ministros e secretários.


* Poder Judiciário:

> Resolve os conflitos de origem pública e privada.

> Organização do modelo eleitoral e eleições.

> Organiza a documentação de quem pode participar das eleições.


* Poder Legislativo:

> Responsável pela criação das leis.

> Trabalha em harmonia com o poder executivo.


* Diferença entre deputados e senadores no poder legislativo federal:


> O legislativo federal se divide em Câmara dos Deputados e Câmara dos Senadores.

> A Câmara dos Deputados representa a população.

> A Câmara dos Senadores representa os Estados Federais e o Distrito Federal.

> Uma lei só pode ser sancionada com o apoio das duas Câmaras.


* Para que haja democracia é importante a governabilidade e a representação.

Documentário recomendado: Democracia em vertigem.


* Sistemas eleitorais:


a) Modelo majoritário: utilizado para o poder executivo.

b) Modelo proporcional: utilizado para o poder legislativo.


* Parlamentarismo: o executivo é escolhido pelo poder legislativo, eleito diretamente pela população.


* Presidencialismo: o executivo é escolhido pela população, assim como o legislativo.



quinta-feira, 15 de outubro de 2020

República

República é forma de governo em oposição à monarquia.

 ⁃ José Afonso da Silva: quem deve exercer o poder e como este se exerce.

 ⁃ Roma: República se tornou oposição à monarquia.

 ⁃ Monarquia: transferência de poder por hereditariedade e o líder político é o chefe do Estado.

 ⁃ República e liderança política, ou seja, o chefe do estado, pode ser uma pessoa ou um colegiado eleito pelo povo, direta ou indiretamente.

 ⁃ Origem latina: res publica significa coisa pública. Trata-se de uma organização de governo orientada pela coisa do povo, o bem comum da comunidade.

 ⁃ Referências teóricas: 

a) Cícero: república é o governo de acordo com o interesse comum, a lei e a justiça. E não se contrapõe à monarquia.

b) Idade Média: 

 ⁃ Regnum e civitas: ideia de república.

 ⁃ Res publica christiana: unidade e ordem da sociedade cristã. 

c) Bodin: república é o oposto aos governos violentos e anárquicos.

d) Kant: república é a realização da justiça a partir da constituição do direito público.

e)Montesquieu: república é o respeito pelas leis e pela dedicação do indivíduo à sociedade.

 ⁃ Formas de Estado:

 ⁃ Dessa forma de governo (república) surgiu a organização interna dos Estados (formas de Estado):

a)Forma unitária de Estado: todo o território nacional possui um único centro de administração política para todos os cidadãos. Ex: França.

b) Forma federativa de Estado: construção de um pacto federativo entre os estados, províncias ou distritos. Nesse caso a autonomia dos estados deve estar de acordo com o pacto federativo. 

Ex: Brasil e EUA.

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Monarquia

Monarquia é forma de governo em oposição à república.

"Formas de governo:  organização do Estado e  ao  exercício  de  poder  nas  sociedades.

José  Afonso  da  Silva: forma de governo “refere-se à maneira como se dá a instituição do poder na sociedade e como se dá a relação entre governantes e governados.

Monarquia: gestão  política  centralizada  e  estável exercida  por  uma  só  pessoa  (poder  monopessoal)  investida  de  poderes especiais, que a distingue do conjunto dos governados e a coloca acima deles. Regime  consensual  e  não  exclusivamente  monopessoal,  geralmente  fundado  em  critérios de perpetuidade e irrevocabilidade.

Constitucionalismo: separação  dos poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário); nas monarquias constitucionais, o poder é estabelecido por meio da parceria entre o rei e o Parlamento.

Monarquia parlamentar:  a gestão resulta do consenso e da divisão de tarefas entre Parlamento (os representantes eleitos pelos cidadãos) e o soberano real, dotado, então, de uma função certificatória e ratificadora das decisões tomadas no âmbito parlamentar. Nesse modelo, portanto, o monarca não mais governa, sendo chefe de Estado (função de representação); o governo é exercido pelos ministros  de  Estado  (chefes  de  governo),  comumente  chamados  de primeiros-ministros.

Exemplos importantes:

Monarquia na Inglaterra e Segundo Reinado no Brasil."

Fonte: Apostila Eleva.

terça-feira, 11 de agosto de 2020

Mbembe e a necropolítica.

Joseph-Achille Mbembe construiu o conceito de necropolítica a partir do conceito de biopoder de Michel Foucault. Mbembe não pretende superar o conceito de biopoder mas de aprofundar.

A crítica ao Foucault é que o poder não decide sobre vida como propõe o conceito de biopoder mas sobre a morte. Na necropolítica o que define o poder é o controle sobre quem morre.

De acordo com Mbembe a gestão de sociedade orientada pelo princípio da necropolítica existe um projeto de assassinato sistemático de uma parcela da população.

Mbembe construiu o conceito de necropolítica a partir do conceito de biopoder de Michel Foucault.

Biopoder: quando a política define a vida humana.


Necropolítica: gestão de sociedade orientada pelo princípio da morte. Existe um projeto político de assassinato sistemático de uma parcela da população.


O racismo se torna o marcos regulador de como a morte vai ser administrada a partir do discurso de risco, ameaça e terror.


Todo discurso precisa ser legitimado para que se torne uma verdade.