sábado, 22 de fevereiro de 2014

Filosofia - 3° ano


FILOSOFIA:

Origem da filosofia:

➡Expansão comercial grega: favoreceu o questionamento dos mitos.
 
Mitos são "verdades" socialmente construídas.

Mito é diferente de religião porque se trata de uma criação humana.  Para a religião o ser humano é criação, e  não criador. Essa foi a conclusão do filósofo Luís Felipe Pondé, que se considerarmos a religião um mito afirmaremos que o homem criou  Deus.

➡A moeda foi importante porque facilitou as atividades comercias. O surgimento da escrita foi importante para os registros de informações antes transmitidas de modo oral. As leis escritas foram importantes para assegurar  a impessoalidade. 

*Primeiros filosóficos: pré-socráticos. Eram conhecidos como monistas ou naturalistas. Estudavam a origem do universo (cosmologia).

Ideia de monismo: tudo é formado a partir de um elemento fundamental (princípio originário).

Os pré- socráticos buscavam a arché (elemento) que teria dado origem a physis (universo/natureza) .

Principais filosóficos pré- socráticos: 

a) Parmênides de Eléia : acreditava que o elemento que deu origem ao universo era algo que  sempre existiu e era imutável (imobilismo).

b) Heráclito de Éfeso : acreditava que o elemento que deu origem ao universo era o fogo, algo que está  em constante transformação (mobilismo).

Apeiron: origem da palavra.


Ápeiron (ἄπειρον) é uma palavra grego que significa ilimitadoinfinito ou indefinido que advém de ἀ- a-, "sem" e πεῖραρ peirar, "fim, limite", forma do Grego jónico de πέρας peras, "fim, limite, fronteira".



Fonte: http://blog.educacaoadventista.org.br/indagacoesfilosoficas/images/13/quadro_pr_socrticos.jpg

PERÍODO HELENÍSTICOmarco entre o domínio da cultura grega e o advento da civilização romana. Nesse período surgiram quatro correntes filosóficas voltadas para a descoberta da fórmula da felicidade: os cínicos, que cultivavam a idéia de que ser feliz dependia de se liberar das coisas transitórias, até mesmo das inquietações com a saúde; os estóicos e os epicuristas, que acreditavam em um individualismo moral; e o neoplatonismo, movimento mais significativo desta época, inspirado pelos pré-socráticos Demócrito e Heráclito.
Fonte: http://www.infoescola.com/historia/helenismo/

Passagem da Grécia rural (aristocrática) para Grécia urbana (democrática). 
Grécia (democracia ateniense): Sócrates e os sofistas.

Sobre a PÓLIS:
Características, organização e informações sobre as pólis da Grécia Antiga 

A pólis grega eram as cidades-estado da Grécia Antiga. Estas cidades possuíam um alto nível de independência, ou seja, tinham liberdade e autonomia política e econômica.
Nas pólis não existia separação entre as áreas rural e urbana, nem existiam relações de dependência. Muitos habitantes das pólis, principalmente da nobreza,  habitavam em casas de campo.
O centro político-administravivo das pólis era  a Acrópolis (geralmente a região mais alta da cidade-estado). Na Acrópolis se encontravam o templo principal da pólis, os edifícios públicos, a Ágora (espaço em que ocorriam debates e decisões políticas) e a Gerúsia.
Ao redor da pólis havia uma espécie de cinturão rural, onde eram produzidos grande parte dos alimentos necessários para a manutenção da pólis. Esta organização reforçava ainda mais a autonomia das pólis.
As áreas ocupada pelas pólis não eram de grande extensão. Em média tinham de 200 a 500 km². Atenas, uma das pólis mais populosas e prósperas da época, era uma excessão com cerca de 2.500 km².
Fonte: http://www.suapesquisa.com/grecia/polis_grega.htm

Sócrates estava preocupado com questões morais (caráter antropológico).

Sócrates (dialética), os sofistas (retórica) e a democracia em Atenas (cidade-estado grega): justificavam o ideal democrático do novo segmento social em ascensão, representado pelos comerciantes.


Sofistas eram pessoas que ensinavam a retórica aos jovens, que a utilizavam na vida política, ou seja, no espaço público, na ágora.

Sócrates e os sofistas

Contexto histórico: Grécia.
  A Grécia era composta por cidades-estados (Pólis)
  Em Atenas (Pólis grega) existiu a democracia (eram excluídos estrangeiros, mulheres e escravos).
  Na ágora eram realizados debates políticos.
  Apesar de ensinarem em diferentes cidades, os sofistas possuíam centralidade política na Grécia.
  Sofista significa sábio.
  O método dos sofistas se chamava retórica. Os sofismas faziam parte desse método.

Site muito interessante: www.pucrs.br/gpt/falacias.php

  Esse método possui perspectiva relativista porque a verdade depende do melhor argumento.

  Sócrates acreditava que a verdade, ao contrário dos sofistas, era fixa (ideia de fixidez) e poderia ser encontrada através do seu método (dialética) a ironia (perguntas) e maiêutica (dar à luz ao conhecimento). O conhecimento se encontra dentro de cada pessoa, na alma, por isso só é preciso lembrar.
  Areté em Sócrates: significativa virtude. A pessoa virtuosa age de modo ético e sábio. A aquisição de conhecimento é indispensável nesse processo, e muito importante, tanto para a vida pública quanto para a vida privada.

Até hoje a retórica é muito importante para vida em todos os aspectos.

PLATÃO:

Platão: método dialético (tese, antítese e síntese), processo contínuo de construção do conhecimento. 



Introdução das teses platônicas: alegoria da caverna.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwrGJTqpblN3EjNPXA3ljwlbfFoq3rgWEnUC5T7qNfSzUQ2Laxiyk6IPkzlU2Gm_iKPrEh-zkSdMb9d25OSC2HePt_pH8XD1iW7zSZAI3wnKFQ_RkGbV-Jdto-iFmIaO103QDNf9qEBwBj/s1600/caverna-de-platao1-1000.jpg

-> Doxa x Episteme

-> Mito da Caverna

-> Passagem da linha

-> Expor que muito mais do que uma questão sobre o conhecimento,  o mito da caverna é uma descrição da realidade humana. A exposição do homem que não aceita que seu conhecimento pode ser suplantado ou modificado. 



A República: utopia.


Estado: educação (virtude da alma de bronze: temperança (equilíbrio); prata: coragem e domínio sobre o caráter irascível da alma  (impulsividade e coragem) ; ouro: justiça (ciência da política) e eugenia.


Sofocracia: a política é a arte de governar as pessoas com o seu consentimento. Político é quem conhece essa arte.


O poder deve ser aristocrático no sentido da sabedoria. Os filósofos devem governar.


Exercício de poder: a virtude suprema é a obediência à lei, primeiro pela persuasão. A força se justifica pela manutenção do Estado.


Formas degeneradas de governo:


Timocracia: guerreiros, coragem.

Oligarquia: ricos, poucos.
Democracia: pobres, maioria. Tendência à demagogia, uma vez que as pessoas são desiguais.
Tirania: resultado dos abusos da democracia.

ARISTÓTELES:


Ética: a finalidade de todas as ações humanas é alcançar a felicidade (eudaimonia).

A felicidade: atividade da alma que segue um princípio racional (exercício da inteligência teórica, contemplação).

Virtude: pode ser desenvolvida pela aquisição de conhecimento (intelectual) e/ou pelo hábito coletivo (moral).

O justo meio: toda virtude é boa quando há equilíbrio.

A educação é importante para a formação ética das pessoas, a fim de prepará-las para a vida coletiva. Nesse sentido a amizade e a justiça encontram-se relacionadas e se complementam. Essa união dá origem à unidade indispensável à cidade.


Aristóteles estabelece em sua construção teórica a diferença entre o saber prático (práxis), produtivo (poiesis) e teórico.


Cidadania para Aristóteles: o cidadão deve possuir as qualidades que constam na constituição da cidade, de acordo com as funções que a pessoas executavam. As pessoas que realizavam atividades manuais eram excluídas da cidadania para o autor porque não possuíam tempo livre para de dedicar ao governo, que exige uma virtude esclarecida.


Escravidão para Aristóteles: embora algumas pessoas tenham uma disposição natural para a escravidão, seus senhores devem tratá-las como pessoas que pertencem ao lar, sem crueldade.


A construção política de Aristóteles:

A natureza humana: O ser humano é um animal político.

A lei é importante porque orienta as ações das pessoas, por isso é a "expressão política da ordem natural".

Toda cidade se constitui numa comunidade de pessoas em busca do bem comum.

Formação das cidades: família  povoado cidade.

Formas de governo: se dividem em boas e degeneradas, de acordo com a quantidade de pessoas envolvidas no exercício de poder político.

a. Uma forma boa de governo conduzida por uma pessoa que se chama monarquia. Se tornará tirania se o líder político abandonar o interesse comum.

b. Uma forma boa de governo conduzida por poucas pessoas, se chama aristocracia. Se tornará oligarquia se os líderes políticos abandonarem o interesse comum.

c. Uma boa forma de governo conduzida por muitas pessoas se chama politeia. Se tornará democracia se o interesse  comum for abandonado. 

Ética — sabedoria prática que se constitui na busca pelo meio termo (justo meio), trata-se do ponto intermediário entre a vontade individual e a vontade coletiva. A ética é fundada no contexto social, portanto, no hábito coletivo (cultural).

Objetivo em comum: eudaimonia (felicidade) 

Metafísica:

• Conhecimento verdadeiro da realidade: unicidade (superação da dualidade platônica) • A origem do conhecimento se localiza no mundo sensível. Nesse sentido, tudo que está no intelecto passou pela experiência concreta.

 • Substância: o que existe como algo principal que independe do outro para existir e serve como fundamento para outras coisas. Nesse sentido a substância existe como unidade.

a. Essência e acidente: a essência é o que define algo, com características próprias. Acidente se constitui no conjunto de características dispensáveis para a definição de algo. 

b. Ato e potência: o ato é algo que possui os atributos indispensáveis para alcançar um determinado objetivo. Potência é o que algo se torna após alcançar o objetivo determinado.

c. Conhecimento pelas causas: 

 Material, o que é.
 Formal: qual forma pode ter.
 Eficiente: processo de transformação.
 Final: resultado.


 Idade Média: Patrística e Escolástica.

-> Alta Idade Média (Patrística):

Período de construção da legitimidade (aceitação) do cristianismo.

Quem se destacou nesse período foi Santo Agostinho, inspirado por Platão.

Teoria da Iluminação: conhecimento revelado pela fé.

A fé se localiza acima da razão.

Cidade de Deus e Cidade dos Homens.

Agostinismo político: o poder político deve estar subordinado à Igreja.

O mal é a ausência do bem. 

Proposta de centelha divina.

-> Baixa Idade Média (Escolástica)

Quem se destacou nesse período foi São Tomás de Aquino, inspirado por Aristóteles.

Felicidade consiste na união do cristão com Deus (bem supremo).

A confissão é importante porque aproxima o ser humano de Deus e o faz refletir sobre suas ações.

Leis humanas são diferentes das leis divinas.

A liberdade consiste em agir de acordo com as leis humanas e divinas. A razão deve ser a medida das escolhas humanas (ética da responsabilidade).

O mal se constitui no resultado das escolhas humanas.

Período de sistematização dos dogmas da Igreja (organização das verdades da Igreja).

•Provas da existência de Deus. O autor utilizou a construção teórica de Aristóteles. 

•Primeira via: primeiro motor imóvel. Se voltarmos no infinito encontramos o primeiro motor, que move todos os outros.

•Segunda via: primeira causa eficiente. Trata-se do efeito causado pelo primeiro motor imóvel.

•Terceira via: ser necessário e os seres possíveis. 

•Quarta via: graus de perfeição. São estabelecidas a partir de uma referência, considerada “perfeita”.

•Quinta via: Governo supremo. Refere-se  a uma inteligência que governa todas as coisas de modo racional.

Módulo 9: Estética. 

Platão:

Caminho para a ideia de belo, etapas: 

1.Amor e desejo (corporal)
2.Sociedade/ciência (racionalidade)
3.Belo enquanto significado universal.

Questão da mimética: efeito da arte (falsear)

Aristóteles:

Efeito da arte sobre a convivência humana

Lado positivo da cópia: a representação da arte contribui para o conhecimento humano. Nesse sentido a arte não pretende falsear. 

Papel educacional da arte: representação inicial do que se pretende apresentar. 

Historiador ≠ Artista

Efeito catártico